domingo, 30 de janeiro de 2011

A MORTE DE EMILIO TERRAZA

Emilio casou-se com minha prima Marly na França e terminou vindo para o Brasil onde teve que lutar muito pelo seu reconhecimento como músico e compositor. Depois de trabalhar para Associação Nacional de Músicos ensinando os nossos autores populares a escrever suas músicas ou mesmo fazendo-o para eles, passou pela Universidade do Piahui, que meu colega e amigo Elcio montou como mais uma iniciativa de transformar o nordeste num polo académico à altura do que foi no plano do direito com a escola de pernambuco e com a escola bahiana, de onde saíram excelentes intelectuais e artistas, entre outros.
Depois, terminou na Universidade de Brasília onde meu colega e amigo Cláudio Santoro conseguiu manter uma escola de música revolucionária, para a qual contribuiu enormemente o talento de pedagogo de Emilio. A nota da UNB que reproduzimos abaixo dá uma idéia sintética de sua importância.
Para mim a ida de Emilio é também e sobretudo a morte de um amigo brigão, sempre revoltado, como o formou este grande filósofo anarquista argentino José Ingenieros, encantado com suas descobertas pedagógicas e com seu universo musical tão amplo desde os clássicos até a música popular.

Morre o maestro e compositor Emilio Terraza

Professor aposentado do Departamento de Música e autor de dezenas de peças para piano, o músico sofria de enfisema pulmonar

Ana Lúcia Moura - Da Secretaria de Comunicação da UnB

Morreu nesta sexta-feira, 14 de janeiro, aos 82 anos, o pianista e compositor Emilio Terraza. Autor de dezenas de peças para piano, quartetos de cordas e obras para conjunto de câmara, o professor aposentado do Departamento de Música da Universidade de Brasília sofria de enfisema pulmonar. Estava internado há mais de uma semana na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital São Lucas, na cidade de Natal, no Rio Grande do Norte, onde morava desde 2006.

Antes de ingressar na UnB, em 1969, Emilio Terraza foi diretor suplente da Orquestra Sinfônica Universitária do Rio de Janeiro, professor do Instituto Villa-Lobos, e organizou o Serviço de Documentação Musical da Ordem dos Músicos do Brasil, entidade onde atuou também como conselheiro.

Nascido na Argentina em 1929, o músico permaneceu na UnB até 1972, quando mais de duas centenas de professores se demitiram. Recomeçou a vida acadêmica na Universidade Federal do Piauí, onde criou e coordenou o Setor de Artes e Departamento de Música. Em 1975, ele retornou à UnB, criando e dirigindo a disciplina Oficina Básica de Música, antes implantada no Instituto Villa-Lobos. A atividade despertou o interesse de músicos do Brasil e do exterior, motivo pelo qual Emilio Terraza foi frequentemente convidado a ministrar palestras.

Colega de Emilio Terraza desde 1965, o professor Jorge Antunes, do Departamento de Música da UnB, lembra que a disciplina “abriu pedagogicamente centenas de cabeças jovens para a experimentação da música de vanguarda erudita”. “Realizamos vários trabalhos juntos, formando orquestras, grupos de câmara e participando de enriquecedoras discussões estéticas”, conta. Ele descreve Emilio Terraza como “o homem baixinho, simpático e falador, o amigo elétrico e afável, o tangueiro virtuose, o compositor criativo”, e que, mesmo depois de 52 anos no Brasil, nunca largou o sotaque porteño. “Ele nos deixa muita saudade”, afirma.

SAÚDE FRÁGIL – Emilio Terraza chegou ao Brasil em 1958, quando se casou com a pianista brasileira Marly Terraza, falecida em 2006. Na Argentina, estudou piano com R. Ehrlich e composição com J. Ficher. Em Paris, como bolsista dos governos da Argentina e da França, foi aluno de Toni Aubin. Além de peças para piano, duos e trios, compôs dois quartetos de cordas e obras para conjunto de câmara. Sua Pequena Marcha Infantil, para orquestra, de 1952, foi estreada no Rio de Janeiro em 1960.

Quando se mudou de Brasília para Natal, já não fazia mais apresentações públicas. “Ele fumava muito e ao longo dos anos foi ficando com a saúde cada vez mais frágil, com sérias dificuldades de respirar”, conta um dos três filhos, também chamado Emilio Terraza. "Nos últimos três meses, entrou e saiu do hospital várias vezes”, revela. Emilio descreve que chegava com os dois irmãos para visitar o pai quando os médicos informaram sobre a morte. “Nem chegamos a vê-lo vivo", lamenta, lembrando, em seguida, da última memória que tem do pai tocando em público, em Pirenópolis.

Todos os textos e fotos podem ser utilizados e reproduzidos desde que a fonte seja citada. Textos: UnB Agência. Fotos: nome do fotógrafo/UnB Agência.

UMA NOTA GERAL

CONSEGUI RETIRAR A TARJA QUE CENSURAVA MEU BLOG. FOI POR UMCAMINHO BUROCRATICO E PORTANTO A GOOGLE NÃO DEU NENHUMA EXPLICAÇÃO SOBRE SUA CONDUTA AUTORITÁRIA A SERVIÇO DE GENTE NÃO MUITO DEMOCRÁTICA. QUE FIQUE ASSIM.

THEOTONIO DOS SANTOS

AS INTERVENÇÕES E INVASÕES NORTEAMERICANAS NA AMÉRICA LATINA.

Que viva México! A Universidade Autónoma da Cidade do México (UACM), uma das mais novas criações deste universo acadêmico explosivo que se desenvolve no México, acaba de publicar, no final do ano passado, A CRONOLOGIA DAS INTERVENÇÕES NORTEAMERICANAS NA AMÉRICA LATINA, um livro que marcou época em 1991 quando meu grande amigo Gregório Selser o publicou e que volta agora em edição inaugural do Centro da Memória de Gregório Selser que esta jovem universidade criou dentro de um arquivo dedicado à memória dele, que faz parte de um centro dedicado a esta gigantesca produção cultural latinoamericana que o Brasil desconhece desde o alto da ignorância prepotente de uma intelectualidade que tem seus olhos voltados para os Estados Unidos e a Europa.

Estes intelectuais desconhecem em geral a violência da presença européia e norteamericana na América Latina e, de fato, no resto do mundo. Gregório Selser é parte de uma escola de pensamento, pesquisa e análise que ocupa uma posição de vanguarda no jornalismo internacional. Dos últimos anos, recomendaria o livro dos meus amigos Moniz Bandeira sobre o império norteamericano e de James D. Cockcroft sobre a história e a política dos Estados Unidos para a América Latina. Ambos traduzidos ao espanhol e publicados recentemente em Cuba. Da mesma maneira, meus amigos Atilio Borón y Andrea Vlahusic fizeram uma atualização interessantíssima dos dados de Gregorio Selser.

Leiam esta notícia que me enviou um outro amigo argentino e meio brasileiro, Alberto Noé.

Selser, el memorioso
Año 3. Edición número 141. Domingo 30 de enero de 2011

Por Jorge Boccanera

Con la aparición de la obra monumental de Gregorio Selser, Cronología de las intervenciones extranjeras en América, como disparador, Jorge Boccanera se mete en la vida de uno de los mejores periodistas de investigación del país

Alguna vez confesó que le hubiera gustado ser poeta o director de orquesta, sin embargo su obsesión se desarrolló justamente en el reverso de esos espacios en que la imaginación convive con espacios de la ambigüedad y el enigma. Porque Gregorio Selser, nacido en Buenos Aires en 1922 y fallecido en México en 1991, desarrolló un quehacer fundamentado en develar lo oculto, mostrar el revés de la trama dando paso a un exhaustivo trabajo de investigación que lo sitúa como un pionero del periodismo histórico.
La reciente publicación en México en cuatro tomos y una guía de su obra monumental Cronología de las intervenciones extranjeras en América, editada por la Universidad Autónoma de la Ciudad de México (Uacm), pone a circular la historia no oficial de la región durante casi tres siglos: 1776–1991. Esta obra que llevó a su autor treinta años de trabajo y resulta una invaluable fuente de consulta, se reactualiza a la luz del debate social. Al develar la trama secreta que subyace en el andamiaje político del continente americano a partir de una gama de presiones que han ido del hostigamiento verbal a la acción directa, la obra de Selser presenta puntos de contacto con las revelaciones de Wikileaks que puso al desnudo los dobleces de los gobiernos estadounidenses. El lingüista Noam Chomsky, quien conocía la labor del periodista argentino –lo calificó de “individuo excepcional”– sostiene que “las actuales filtraciones de Wikileaks son interesantes, primordialmente, por lo que nos aclaran sobre cómo funciona el servicio diplomático”, un doble discurso que revela “el profundo odio a la democracia por parte de nuestros líderes políticos” y los entresijos de una diplomacia encaminada a sostener los intereses de las grandes corporaciones.
Irene, una de las tres hijas de Selser –todas ellas periodistas en actividad– señala que ese punto de contacto es “una informaciónviva, que involucra a los principales personajes y tópicos de la política mundial hoy, en primer lugar a los Estados Unidos y a sus aliados diplomáticos, comerciales y militares. Mi padre estaría como pez en el agua, escudriñando hasta la última línea de las filtraciones de Wikileaks, y estaría preparando un libro sobre lo que ha salido a relucir hasta ahora”.
En su trabajo enciclopédico, llevado a cabo sin los medios de la informática con que hoy trabajan los ciberperiodistas, Selser integró en la Cronología… pasajes de sus libros anteriores, entre los que destacan: El Guatemalazo, El Pequeño Ejército Loco,Nicaragua de Walter a Somoza, El Rapto de Panamá, Reagan, de El Salvador a las Malvinas y Honduras, república alquilada.
Hay que decir que esta Cronología… en cuidada edición con una desgarradora ilustración en portada del pintor ecuatoriano Guayasamín, incluye un DVD que posibilita la búsqueda interactiva del contenido, más un apéndice que hace las veces de guía de uso y presenta otros textos relativos al tema, incluso uno del mismo Selser que data de 1990. Allí, al resumir el proyecto con miras a una posible difusión, escribió: “Con respaldo bibliográfico abundante… comprenderé… una descripción minuciosa y puntual, siguiendo un orden cronológico riguroso, de los distintos hechos y situaciones que jalonaron los procesos intervencionistas de Estados Unidos en el hemisferio desde principios del siglo pasado hasta el presente”. Especifica que se ocupará de señalar: “no solamente las intervenciones armadas francas y oficiales”, sino también aquellas “de carácter político, diplomático y económico en una variada gama de expresiones expansionistas, imperialistas, hegemonistas y neocolonialistas”.
Si bien en este sentido indaga el proceder de países como Inglaterra (apropiación de Malvinas), Francia y España, su obra está mayormente centrada en la política de Estados Unidos, país que, sostiene, pasó en sus inicios de una extensión de 160 mil kilómetros cuadrados a poseer hoy cerca de 9 millones 500 mil kilómetros cuadrados. Entre ambas cifras media un discurso oficial, a ratos desembozado y amenazante, y en otros en una supuesta búsqueda de concordia, y siempre apoyándose en “fundamentos ético–morales y/o religiosos” que van a modelar una retórica enunciada al paso de los años como Destino Manifiesto, Doctrina Monroe, Diplomacia del dólar, etc.
Pone al descubierto, en definitiva, el tejido de intereses políticos y económicos –muchas veces asociados ambos–; la trama fina de la manipulación, el espionaje y las operaciones encubiertas que subyacen en cada maniobra de Estados Unidos, en su afán expansionista que no duda en pasar de la intromisión al bloqueo económico y de la acción encubierta a la invasión.
De La Prensa a Sandino. La carrera periodística de Selser tiene, entre sus antecedentes, la entrada al diario La Prensa en 1955; ubicado en la sección obras y servicios públicos para que no escribiera política. En una entrevista realizada por su hija Claudia en 1989, dijo: “Hasta el último día que trabajé allí, en 1975, ésa fue mi sección, cubría los accidentes de trenes y esas cosas”. Militante del Partido Socialista, corresponsal del semanario uruguayo Marcha y periodista de las agencias noticiosas Prensa Latina (en la Sección Servicios Especiales, dirigida por Rodolfo Walsh) y luego en IPS, contó, en referencia a su poderosa memoria, que “a los nueve años era como una especie de monstruito por mi capacidad para retener las palabras difíciles. Hablaba con un lenguaje que no se correspondía a mi edad… Y a los 15 ya tenía mi propia biblioteca”. Todo ello va en paralelo con su formación autodidacta y los trabajos que debió realizar de joven, que incluyen el de barrendero.
Interrogada sobre los perfiles profesionales de su padre, Irene Selser suma al de periodista, ensayista, historiador y catedrático, el de “humanista”: “Era un hombre extraordinariamente modesto, sencillo, jamás humillaba con su conocimiento; siempre rodeado de jóvenes alumnos tratando de hacer conciencia desde la argumentación y el dato histórico. Sus libros son herramientas para la construcción de la identidad latinoamericana”.
A Gregorio lo conocí en 1976 en Panamá, en el curso de un encuentro de intelectuales latinoamericanos convocado por el general Omar Torrijos, donde se denunciaban las dictaduras del continente. Nos reencontramos en México y la amistad se ensanchó; de mi parte, iba montada en la admiración por su infatigable tarea y sus agudos análisis. Fue en México donde trabajó en la Cronología…, publicó varios libros y escribió numerosos artículos publicados, entre otros medios, en El Día,Proceso y El Financiero. Tras el regreso de la democracia en Argentina, le pedí una nota sobre Haití para la revista Crisis y posteriormente una sobre el narcotráfico en Bolivia que publiqué en la revista Aportes, de Costa Rica. Quizás ese texto, publicado en 1991, haya sido una de sus últimas notas.
Irene subraya, entre los títulos de su padre, el lugar primordial que ocupa su primer libro Sandino, general de hombres libres: “Contribuyó, sin que mi padre lo imaginara siquiera, como una base histórica documental para que en 1961 el también joven intelectual Carlos Fonseca Amador fundara el Frente Sandinista de Liberación Nacional (Fsln), que 18 años después tomó el poder en Nicaragua”.
Y no deja dudas del papel fundante de temas como Guatemala y Sandino: “Fueron el punto de partida. Cuando le pedían que explicara cómo sin viajar a Nicaragua (lo hizo en 1980) había dado con Sandino, explicaba que halló al personaje mítico cuando investigaba el golpe de Estado de la CIA contra Jacobo Arbenz en Guatemala, en 1954. La primera noticia que él tuvo de Sandino, contaba, había sido un recorte del diario La Nación. Su vida se unió para siempre al destino de los nicaragüenses, que siempre le agradecieron haber rescatado a Sandino para su propia historia”.
El archivo Selser. La edición de esta Cronología de las intervenciones extranjeras en América, de más de 2.500 páginas, estuvo a cargo del Centro Académico de la Memoria de Nuestra América de la Uacm. Sus cuatro tomos tienen un marco cronológico específico -1776–1848, 1849–1898, 1899–1945 y 1946–1990-, cada uno precedido por un prólogo a cargo del mismo Selser y los investigadores Toussaint Ribot, Andrés Kozel y Pilar Calveiro, respectivamente.
Ana María Sacristán, responsable editorial de Camena señala que la Cronología… es el primer título de la Colección Archivo Selser, que funciona también en este Centro, y que concentra las numerosas fichas bibliográficas seleccionadas, clasificadas y guardadas a través de los años por Selser y por su esposa Marta Ventura. Agrega que esta obra “única en su tipo”, representativa del metódico trabajo del argentino, entreteje “un panorama de redes y relaciones que se extienden en el tiempo y el espacio” para ofrecer “la posibilidad de comprender la consolidación lógica e identitaria de América latina”.

“Un cronista afiebrado de tiempo completo”
Año 3. Edición número 141. Domingo 30 de enero de 2011

Por Jorge Boccanera

Irene Selser, directora de internacionales del diario mexicanoMilenio, enlaza el plano humano y profesional de su padre.
–Se hablaba de Gregorio como “un cronista afiebrado”...
–Era, sí, un cronista afiebrado, un escritor “afiebrado de tiempo completo”. Una de las imágenes que me quedó grabada es de unas vacaciones: estábamos jugando con mi hermana Claudia al borde de un lago mientras él, sentado frente a nosotras, escribía a máquina sobre en una mesita.
–¿Qué legado le dejó como persona y periodista?
–Su herencia es vastísima: el amor, el apoyo, el respeto, su forma de ser tan cariñosa; su disciplina de trabajo; su sensibilidad de niño pobre, huérfano y judío en los comienzos del siglo XX en la Argentina. Y su ternura, y su aversión a la ignorancia. ¡Un tipazo!
–Usted fue testigo del armado minucioso de esta Cronología…
–Es la culminación de toda una vida dedicada al conocimiento de la historia de América latina. Desde los ’60, hasta su muerte, se tomaba el trabajo de hacer una ficha del dato relevante que hallaba ese día.
–¿Cree que Gregorio se adelantó al tratar temas políticos como las mafias del narcotráfico?
–Sí. Ahora se va a reeditar El cuartelazo de los cocadólaresreferido al golpe de Estado en Bolivia que marca el arribo a ese país de los carteles, imbricados al poder. Casi 30 años después, estalla la crisis de la droga en la región, pero los orígenes están ahí. Tampoco se podría entender hoy el movimiento del Tea Party estadounidense, si no nos remontamos a la doble administración de Ronald Reagan, que marca el inicio del neoliberalismo en el planeta y su expresión política, la revolución neoconservadora en Estados Unidos.

PRÓLOGO PARA LIVRO DE ALPHER ROJAS CARVAJAL

Segue prólogo de Theotonio dos Santos para o livro de Alpher Rojas Carvajal, diretor do Centro de Estudos Sociopolítico e Sulturais da Colômbia. É também assessor da senadora Piedad Córdoba, cassada em seus direitos políticos sob a acusação de colaborar com as FARC, num ato arbitrário e antidemocrático da justiça colombiana. No momento atual a FARC propõe soltar 5 reféns e o atual governo se propõe a desmilitarizar a zona de entrega para permitir que se faça o ato humanitário. A Justiça cassará o mandato do presidente Santos?

Segue também um intercâmbio de correspondência sobre o prólogo com o autor:



LA ANATOMÍA DE LOS DESASTRES

Este libro se publica en un momento en el cual la problemática que aborda está en el orden del día. Todo el mundo se conmueve con los crecientes desastres naturales que lleva muchas vidas y destruye regiones enteras. Al mismo tiempo, es un libro de un estudioso de los problemas sociales, particularmente de su dimensión política, y de un militante de las luchas socio-políticas de un país cargado de dramáticos enfrentamientos sociales y políticos.

El libro nos muestra como los problemas de nuestro tiempo se han exacerbado excepcionalmente en Colombia debido a los años de una dolorosa guerra civil, que se alía a los resultados negativos de un acuerdo político de las oligarquías que aisló la mayor parte su población del mundo político. Asimismo, Colombia vivió el fenómeno de la expansión impresionante de la explotación PRÓLOGO
creciente de un producto extremamente exitoso económicamente debido al aumento espectacular de su demanda en los países centrales de la economía mundial. Una mercancía de gran valor económico pero terriblemente destructiva social e moralmente – la cocaína. De un país donde una intelectualidad de alto nivel, de la cual hace parte el autor, se enfrenta a esta compleja realidad, sin alcanzar con todo un respaldo social a la altura de su esfuerzo teórico e analítico.

El libro de Alpher Rojas Carvajal, Director de la Corporación de Estudios Sociopolíticos y Culturales de Colombia, es sobretodo sorprendente por la combinación exitosa de investigación científica con una fuerza literaria poco común.

Él empieza por presentarnos un cuadro periodístico del terremoto de 1999 en el Eje Cafetero de Colombia. Un periodismo de investigación y profundidad, con alto nivel literario como nos acostumbró hacer admirar Gabriel García Marques, nuestro querido Gabo, fino producto de esta intelectualidad colombiana que siempre nos sorprende. De una descripción de los acontecimientos dramáticos que vivieron los más diversos personajes de este mundo tan bien presentado literariamente descubrimos un otro lado del drama. El drama de toda una región con una historia extremamente rica en la cual se presentaban ya los terribles procesos de decadencia que la hacía decaer en un mar de violencia social y un caos económico y social que anticipa las terribles consecuencias del desastre natural.

Es entonces que entra el historiador con un admirable resumen de la historia regional y su impacto nacional que empieza a abrir camino para una nueva etapa de su libro. Quisiera haber vivido de cerca ese mundo de medianos propietarios, heroicos caudillos, muchos de ellos de origen popular, ideólogos y activistas sociales y jefes militares de esta misma origen para desfrutar intelectualmente los detalles de esta construcción histórica y literaria que el autor nos proporciona.

Esta historia ya nos insiere también en el mundo de la decadencia regional que se mezcla con la expansión del negocio de la cocaína y (sorprendentemente para nosotros) de la amapola… y la degradación del ambiente social e político que produce.

Es entonces que vemos aparecer el sociólogo y algunas veces hasta el economista que analiza, bajo el sugestivo título de “profecía autocumplida”, la impresionante capacidad de nuestras estructuras socio-políticas de ignorar los resultados de los estudios científicos, sobretodo cuando nos anuncian un desastre de la gravedad de lo ocurrido en las ciudades de la zona cafetera colombiana.

La Misión Japonesa JEICA afirmaba en 1989 (diez años antes del terremoto fatal) que “Armenia está sentada sobre una bomba de tiempo”,Varios estudios sísmicos apuntaban la ocurrencia de un gran terremoto muy fuerte que debería ocurrir en un plazo muy corto. Pero lo más grave, como lo sabemos en casi toda la región latinoamericana - con la impresionante excepción de Cuba, considerada por las Naciones Unidas el más avanzado sistema de prevención contra desastres en todo el planeta – lo más grave no es propiamente el fenómeno natural pero el caos urbano y suburbano de las regiones por ellos alcanzados, asimismo como el desinterés de las autoridades en prever el combate a sus efectos, que suponen una planeación que no hace parte de las características del capitalismo dependiente en el cual vivimos, sobretodo en los últimos años bajo la influencia nefasta del neoliberalismo.

Pero el investigador y luchador social Alpher Rojas Carvajal encierra su libro con una advertencia bien basada económicamente sobre el terrible negocio de la “reconstrucción” que él puede describir en estos 11 años posteriores al terremoto. El cual se puede resumir en la siguiente cifra: la corporación pública encargada de la reconstrucción (FOREC) ha manejado un presupuesto de US$ 300 millones de dólares para 17 administraciones locales que tenían un presupuesto aprobado para el período 1998-2001 de US$ 18 millones de dólares. Los consejeros de este fondo lo administraron a través de mecanismos de tercerización, es decir el contrato de firmas particulares para realizar las obras encomendadas, ni siempre las necesarias. El autor nos advierte entonces para los nuevos procesos caóticos y claramente corruptos que asume este, como muchos otros, procesos de reconstrucción. Él encierra su libro situando esta problemática en las tendencias globales del capitalismo contemporáneo.

En este momento de graves desastres naturales, este libro gana un significado particular y seguramente será de mucho interés para sus lectores colombianos pero también para lectores de todo el continente (incluso los moradores del sur de Estados Unidos). Además, como decimos, sus lectores tendrán una agradable sorpresa al entregarse a un tema tan árido a través de un estilo literario muy atrayente y un mundo reflexivo tan seriamente elaborado.


Theotonio Dos Santos


Correspondência:

De: Alpher Rojas Carvajal
Enviada em: sábado, 29 de janeiro de 2011 16:58
Para: Theotonio Dos Santos
Assunto: RE: prologo theotonio, rendida gratitud por tu escrito


Estimado Maestro Dos Santos: gratos saludos.

Estoy inmensamente reconocido por tu escrito de presentación a mi libro "La Ciudadanía desnuda", pues no solo se trata de una pagina de extraordinaria calidad estética sino de unos criterios bastante biern ordenados que te permiten analizar -con tu habitual rigor científico- los problemas asociados a la globalización capitalista que hunden en la pobreza a las localidades menos pensadas de la historia.

Aprovecho la oportunidad para renoverte el testimonio de mi gratitud y mis sentimientos de admiración por tu trabajo intelectual y espero tenerte informado del proceso de publicación. Amigo de siempre y para siempre,

alpher rojas

P/S. Piedad te envía un fuerte abrazo de gratitud por tu solidaridad con su causa. Más adelante te escribirá. ARC


From: Theotonio dos Santos
To: Alpher Rojas
Subject: prologo theotonio
Date: Sat, 29 Jan 2011 15:36:59 -0200

Estimado Alpher

Sigue en anexo mi prologo a tu excelente libro. Hubiera querido trabajarlo un poco más pero el tiempo no me lo permite. Si no te gusta, descarartalo sin problemas. Abrazos a ti y a la Senadora. Considero la casación de su mandato un acto de arbitrariedad de la justicia que viene se comportando de la misma manera reaccionaria en Brasil.

Saludos

theotonio

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

DENUNCIA CONTRA PERSEGUIÇÃO POLÍTICA E IDEOLÓGICA DA GOOGLE CONTRA O MEU BLOG. ENVIE SUA OPINIÃO PARA GOOGLE OU PARA MEU BLOG.

Caro leitor:
Você já viu como o meu blog exibe uma restrição na entrada? Trata-se, certamente, de um caso de denúncias contra a carta aberta ao Fernando Henrique que incomodou muitos fascistas.
Não consigo me comunicar com o google para exigir que retirem esta restrição absurda, nova forma de censura. Você consegue?
Veja a carta que enviei a eles mas não foi lida por eles:

Exmos Srs.
Meu blog (theotoniodossantosblogspot.com) se encontra censurado com uma tarja na sua entrada acusando-o de ser restrito a maiores de idade e indicando-o  portanto como  leitura imprópria para menores. Gostaria de saber que matéria do meu blog está dentro desta categoria. Só posso conceber esta censura como de caráter político ideológico já que meu blog toma posições intelectuais, científicas e culturais de avançada, incompatíveis com certos interesses econômicos, políticos e sociais. Como me foi descrito,  o comportamento da google diante de denúncias anônimas realizadas contra um blog é de aceitá-las sem checá-las, pois seria um grande trabalho fazê-lo. Considero tal atitude de uma irresponsabilidade colossal! Certamente as denúncias recebidas por vocês vieram dos grupos que espalharam denúncias infundadas e mesmo calúnias contra a presidente eleita, minha amiga de anos,  Dilma Rousseff. A carta aberta que escrevi contra meu ex-colega e espero que até hoje amigo Fernando Henrique Cardoso foi objeto de recados violentos e brutais de pessoas ignorantes mas também de propagandistas profissionais como os que fizeram a campanha de terror contra Dilma Rousseff. Vítima da ditadura brasileira e da chilena, professor emérito e doutor honoris causa de varias universidades, portador de medalhas de honra do governo brasileiro e do governo chileno, além de várias outras homenagens, autor de mais de 40 livros publicados em 20 idiomas e mais de 40 países não posso aceitar o achincalhe que representa esta tarjeta colocada na entrada do meu blog e tomarei providências legais sobre o assunto se não a retirarem imediatamente com um pedido de desculpa e uma pesquisa sobre o que originou esta iniciativa audaciosa de desqualificação.

Theotonio Dos Santos

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

A MORTE DE GÉRARD DE BERNIS REPRESENTA UMA PERDA COLOSSAL PARA O PENSAMENTO ECONÔMICO CONTEMPORÂNEO. DE BERNIS FOI O VERDADEIRO FUNDADOR DA TEORIA DA REGULAÇÃO QUE ASSUMIU POSTERIORMENTE OUTRAS LIDERANÇAS. SUA OBRA ALCANÇOU UM NÍVEL ALTÍSSIMO NO SEU TRATADO SOBRE ECONOMIA INTERNACIONAL QUE É, INFELIZMENTE, QUASE DESCONHECIDO NO BRASIL ONDE AS ESCOLAS DE ECONOMIA SE APOIAM EM MANUAIS NORTE-AMERICANOS BASTANTE SUPERFICIAIS, PARTICULARMENTE NESTA TEMÁTICA POUCO ESTUDADA NOS NOSSOS CURSOS DE ECONOMIA. SUA COLABORAÇÃO COM OS ECONOMISTAS DOS PAÍSES DO TERCEIRO MUNDO FOI EXTREMAMENTE AMPLA COM UMA PREOCUPAÇÃO CENTRAL SOBR OS PROBLEMAS DO DESENVOLVIMENTO. NOS ÚLTIMOS ANOS SE DEDICOU AO DESENVOLVIMENTO DE UMA REDE CELSO FURTADO SOBRE DESENVOLVIMENTO COM A QUAL O PRÓPRIO CELSO COLABOROU E COMA A QUAL TENHO AINDA UMA EXCELENTE RELAÇÃO. O ARTIGO DE ARTRO GUILLÉN E GREGORIO VIDAL QUE POSTAMOS NO BLOG DÁ UMA IDÉIA DO QUE PERDEM NOSSOS ECONOMISTAS AO DESCONHECER UMA OBRA TÃO IMPORTANTE DAQUELE QUE FOI O TESTAMENTEIRO INTELECTUAL DE FRANÇOIS PERROUX, MESTE DE MESTRES NESTA MESMA TEMÁTICA E QUE DIMINUIU MUITO SUA DIVULGAÇÃO NA AMÉRICA LATINA NESTES ANOS DE HEGEMONIA DO PENSAMENTO ÚNICO NEOLIBERAL.

LEIAM COM ATENÇÃO E BUSQUEM SUAS OBRAS.

GÉRARD DE BERNIS (1928-2010), IN MEMORIAM
Arturo Guillén y Gregorio Vidal
Departamento de Economía
Universidad Autónoma Metropolitana,
Unidad Iztapalapa, en México.
Un gran corazón y una mente lúcida dejaron de existir en la Nochebuena del 2010. Después de una penosa enfermedad que lo arrancó de su fructífera vida intelectual de muchas décadas, el economista francés Gérard Destanne De Bernis murió víctima de un ataque cardíaco inesperado.
Gérard de Bernis es sin duda, uno de los economistas franceses más importantes del siglo XX. Alumno de Maurice Byé y de François Perroux – otro gigante del pensamiento económico francés de ese siglo -, marxista y comunista por convicción, De Bernis fue un pensador fecundo, pero también, en su ámbito, un hombre de acción. Estudiante universitario en Francia a finales de los años cuarenta, fue Presidente de la Unión Nacional de Estudiantes y director del diario estudiantil La Quinzaine. Nombrado como Profesor Agregado a los 25 años, fue asignado a desempeñarse en Túnez, donde participó en las luchas por la independencia de esta ex-colonia francesa, lo que le valió ser sancionado por el gobierno francés y regresado a su país por la fuerza.
A diferencia de muchos intelectuales franceses y de los países desarrollados –incluidos marxistas – que se deleitan en el eurocentrismo, Gérard fue siempre un tercermundista, un auténtico internacionalista. Fue asesor de varios gobiernos africanos que accedieron a la independencia. Trabajó de manera muy cercana con el gobierno revolucionario de Boumediene en Argelia, en cuya estrategia económica influyó de manera importante1. Mantuvo lazos, entre otros, con gobiernos y sindicatos de Vietnam, Mozambique, Congo- Brazza, Marruecos e Irak. Dio su apoyo para la creación del centro de investigación independiente, ARCIS, en plena dictadura de Pinochet. Fue profesor emérito de la Universidad de Grenoble y Presidente del Instituto de Ciencias Matemáticas y Economía Aplicada (ISMEA) de París, donde sucedió a su fundador François Perroux en 1982, hasta que su enfermedad lo alejó de ese cargo.
Su obra es muy vasta y rica, aunque poco difundida, aún en su natal Francia. Entre sus principales libros y artículos se encuentran, con Maurice Byé, Relations Économiques Internationales (1987)2, dos tomos firmados colectivamente por el Groupe de Recherche sur la Régulation de la Économie Capitaliste (GRREC) intitulados Crise et Régulation 3 y varios artículos en la serie Théories de la régulation en la revista Économies et sociétés publicada por el ISMEA.4 En México, se publicó su único libro en español, El capitalismo contemporáneo (1988)5.
El libro Relations Économiques Internacionales corresponde a la quinta edición de un texto creado por Maurice Byé. El documento fue totalmente reescrito por De Bernis, pero como destacó él mismo en el prefacio de la obra, en acuerdo con la viuda de Byé, se mantuvo su nombre como un reconocimiento a la deuda intelectual que tenía con su maestro. La edición sumó 1336 páginas, en las que plantea el cuadro de las relaciones económicas internacionales. Se presentan la grandes referencias teóricas y se expone la teoría del equilibrio económico general aplicada a las relaciones económicas internacionales. Por tanto, se discute la teoría pura del comercio internacional y algunas de sus variantes o desarrollos y la teoría monetaria internacional. Sólo después se procede a desarrollar una construcción alternativa: la teoría de la regulación aplicada a las relaciones económicas internacionales. En esta parte del texto, una vez que se han dado las bases históricas, se propone la contribución teórica sobre las relaciones económicas internacionales. Los conceptos centrales son regulación, sistema productivo, crisis y estabilidad en el proceso de acumulación. 3
Los dos volúmenes intitulados Crise et Regulation son el resultado de la discusión y el trabajo colectivo de un grupo investigación creado por De Bernis a finales de los años setenta en la Universidad de Grenoble. Los textos que se recogen en esos dos volumes dan cuenta de resultados de la investigación sobre temas sustanciales de la teoría ecónomica. Hay un sistemático debate con las propuestas fundamentales de la teoría ortodoxa. Algunos de los productos del trabajo de investigación de ese grupo se recogen en la serie sobre la teoría de la regulación de la revista Economía y Sociedad, publicada por el ISMEA. En el libro sobre el capitalismo contemporáneo publicado en México incluye un texto en el que propone una guía de lectura para comprender la regulación de la economías capitalistas hasta el punto en que se encuentran los desarrollos teóricos sobre el tema 6. Otro de los capítulos es sobre la propuesta teórica de la regulación. Discute la teoría del equilibrio económico general y propone como hipótesis alternativa la regulación 7.
De Bernis fue uno de los fundadores de la llamada escuela francesa de la regulación, a la cual se asocian los nombres de Michel Aglietta y Robert Boyer. Surgida la teoría de la regulación de una lectura creativa de la crisis de los años setenta, es uno de los aportes más originales para la comprensión de las "grandes crisis" del capitalismo, junto con el poskeynesianismo financiero y la teoría de las ondas largas.
A diferencia de Aglietta y Boyer que destacaban el papel de la creación y adaptación de las instituciones en la regulación del capitalismo frente a sus contradicciones, De Bernis sin desconocer la importancia de aquellas en la evolución de largo plazo de este sistema, ponía el acento en la contradicciones objetivas del modo de producción capitalista, y en las formas concretas que estás asumían con su desarrollo y en cada una de sus fases. En particular, ponía en el centro de su teorización en las dos leyes de la ganancia estudiadas por K. Marx, que son el motor de la acumulación capitalista, a saber: la ley de la tendencia decreciente de la tasa de ganancia y la perecuación de la tasa de ganancia, o la tendencia a la formación de una ganancia media. Para él – y a riesgo de simplificar en extremo en esta 4
breve nota un pensamiento tan rico -, la regulación puede entenderse como la articulación eficaz de estas dos leyes de la ganancia, que aunque distintas y expuestas por Marx en forma separada en El Capital, obedecían a un solo proceso regido por la ley de maximización de los beneficios. Cuando la articulación de estas leyes era eficaz, es decir, cuando las contratendencias a la baja de la tasa de ganancia y a la formación de la ganancia media operaban de manera adecuada, el sistema, según De Bernis, estaba regulado y la reproducción de capital fluía de manera estable. Por el contrario, cuando la eficacia de esas contratendencias se agotaba, la tasa media de ganancia bajaba, y se abría una feroz competencia entre los capitalistas, lo que rompía el sistema de reparto de la plusvalía en función de la ganancia media. En ese momento el modo de regulación dejaba de funcionar y se desplegaba una "gran crisis", un proceso de duración y salida incierta, que implicaba la destrucción y restructuración de los sistemas productivos vigentes.
Debemos a De Bernis la propuesta de que "las grandes crisis", independientemente de sus diferencias específicas, atraviesan por dos grandes fases: una primera inflacionista y en la que predominan las tendencias de los sistemas productivos nacionales a volcarse hacia el exterior; y, una segunda deflacionaria y proteccionista, donde los embates de la crisis empujan a los estados nacionales a replegarse hacia dentro8. La realidad del capitalismo de las últimas cuatro décadas valida la riqueza de su intuición. Los años finales de los sesentas y el decenio de los setenta son ejemplo del predominio de las tendencias a la inflación y de la proyección hacia fuera de las economía, mientras que los ochenta – con la crisis de la deuda externa como punto de inflexión – representan el comienzo de una etapa deflacionaria –distinta a la que se manifestó durante la depresión de los años treinta – que conduce a la financiarización de la economía y su creciente inestabilidad, como lo mostraron las diferentes crisis financieras, de alcance sistémico, de los países llamados emergentes en los noventa, para culminar en las crisis que irrumpen en el centro hegemónico del sistema: la crisis de los valores tecnológicos en 2000- 2001 y la actual crisis global, cuyo origen está en el sistema bancario y de crédito de Estados Unidos, que comienza en 2007. A propósito de la crisis de la deuda externa de 1982, escribió lo que fue, quizás, su último trabajo académico importante, un texto brillante 9 en el que analiza el origen de la deuda externa de los países de la periferia, su crisis ante la imposibilidad de esos países para pagarla, y el tránsito que dicha crisis provocó hacia la globalización financiera y hacia sistemas financieros ya no basados preferentemente en el crédito bancario, sino en sistemas financieros bursatilizados, fundados en la emisión de obligaciones.
9A propósito de la crisis global que ahora golpea con fuerza a Europa, De Bernis anticipó desde 1987 las dificultades por las que ahora atraviesa la Unión Europea. Era por decirlo así, un euroescéptico. Consideraba que el euro a diferencia de otras divisas fuertes de los países desarrollados (dólar, libra o yen), no tenía como soporte un sistema productivo nacional y mucho menos un Estado. La entonces Comunidad Económica Europea (C.E.E.), no constituía un sistema productivo, sino se trataba de una integración de sistemas productivos nacionales decidida por las empresas transnacionales y por los gobiernos de la región. Dado su liderazgo europeo, el proceso integrador nacía dominado por Alemania, la potencia líder de la región. Como afirmaba Gérard:
"(…) La Europa de los seis, de los nueve, de los diez (aún de los doce), no constituye un sistema productivo. Por supuesto todos podemos describir los aparatos productivos de los diferentes países bajo el título general de sistema productivo europeo. Pero solamente se trata de un ejercicio formal. No podemos reducir la expresión del sistema productivo a la yuxtaposición de cierto número de capacidades de producción (…) La noción de sistema productivo postula la noción de coherencia, coherencia sectorial que es autonomía en la determinación de los ingresos, existencia de procedimientos de ajuste entre las estructuras de producción y consumo"10.
Y en otra obra destacó cuáles eran las fuerzas que movían los resortes de la integración: 6
"No hay – afirmaba - firmas originarias de Europa que escojan trabajar a la escala de la C.E.E, ni de fusiones importantes de capitales originarios de países de de la C.E.E. (…) Los estados no tenían más razones que eventualmente ideológicas, de transferir a Europa una parte de sus poderes. Y puesto que se comportaban de esa manera, no había ninguna fuerza vinculada a la realización de un sistema productivo europeo (…) La C.E.E es un reagrupamiento de países de dimensiones y de poderes desiguales" (De Bernis, 1987: 1199).11
En otras palabras, las dificultades que ahora exhibe Europa con la crisis no son nuevas, sino que revelan los problemas originales de la UE. Si no existe, como planteaba De Bernis, un sistema productivo europeo, no puede imperar tampoco una moneda europea digna de ese nombre. En una economía monetaria-crediticia de producción como es el capitalismo, sistema productivo y moneda no pueden separarse, ya que son parte de una sola estructura. El euro es el nuevo nombre bajo el que se expresa la dominación de los países más fuertes, comenzando por Alemania la potencia líder del grupo
Gérard de Bernis mantuvo siempre una relación con el mundo académico de México y de América Latina, en línea con su vocación tercermundista. Estuvo en México por primera vez en 1977, invitado por Ángel de la Vega, quién se desempeñaba como coordinador del posgrado de la Facultad de Economía de la Universidad Nacional Autónoma De México (UNAM). Posteriormente, en la primera mitad de los años ochenta, a iniciativa de Arturo Guillén, De Bernis estuvo presente, junto con otros destacados académicos nacionales e internacionales, en dos importantes coloquios, organizados por el Instituto de Investigaciones Económicas de la UNAM, los que dieron nacimiento a dos sendos libros12. Las contribuciones de De Bernis se centraron en la caracterización de la crisis y su desarrollo. Posteriormente, la relación académica de Gerard De Bernis con México se mantuvo por conducto de la Universidad Autónoma Metropolitana Iztapalapa, producto de diversas propuestas de Gregorio Vidal. En 1993, el ISMEA conjuntamente el Departamento de Economía de la Universidad Autónoma Metropolitana Iztapalapa y la Facultad de Economía de la Universidad de Guadalajara (UdeG), organizaron el Coloquio 7
Internacional "Por una política alternativa: un mundo con trabajo para todos", en las instalaiones de la U de G en la Primavera, Jalisco. Nuevamente se contó con la participación de un amplio grupo de académicos. El documento presentado por De Bernis es sin duda de gran relevancia para el momento actual 13. Discute el problema del trabajo para todos sin que la única vía sea el trabajo asalariado. Considera el problema del avance tecnológico y la necesidad de contar con programas sistemáticos de creación de empleo y previene sobre el avance de la deflación como parte del trabajo de crisis. En este contexto, aún en las economías desarrolladas se presentarán altos índices de desempleo, incluso compatibles con un cierto nivel de crecimiento económico.
Hacia la mitad de la década de los noventa y en años posteriores , gracias a la iniciativa de Gregorio Vidal, a la sazón Director de la División de Ciencias Sociales y Humanidades de ese nuestro actual centro académico, se realizan diversas actividades académicas que cuentan con la participación de Gerard de Bernis. Destaca un seminario sobre el curso de la crisis y la situación de América Latina cuyo principal exponente fue Gerard de Bernis. En esos años se publicó el número 38 de la Revista Iztapalapa con el tema general de Economía y Desarrollo que incluye un texto de Gerard de Bernis sobre las experiencias de algunos países en desarrollo a próposito de la dupla acumulación y desarrollo durable 14. En 1998, Gerard de Bernis recibe el premio al mejor artículo publicado en la Revista mexicana Problemas del Desarrollo. Su texto se intitula "¿Se puede pensar en una periodización del pensamiento económico? Y, como en otros materiales, se plantea discutir aspectos sustanciales de la teoría. Afirma: "la imposibilidad de la teoría de permanecer inderente ante lo real, nos sugiere reflexionar acerca de los fundamentos reales de la evolución de la teoría"15. Partiendo de otras investigaciones que han demostrado que la historia del pensamiento económico no es lineal, discute la relación entre la alternancia de periodos de estabilidad e inestabilidad en las economías capitalistas 8 y la evolución del pensamiento económico. La regulación es nuevamente un concepto central en el análisis.
Pero quizá, la herencia más importante que De Bernis deja entre nosotros, fue su iniciativa para emprender la creación del Red Eurolatinoamericana de Estudios del Desarrollo Celso Furtado (www.redcelsofurtado.edu.mx). La Red Celso Furtado se establece producto de una reunión de un amplio grupo de académicos de América Latina y Europa en París, en febrero de 1998. Institucionalmente es fruto de la colaboración del Instituto de Investigaciones Económicas de la UNAM, dirigido en ese momento por Alicia Girón, el Departamento de Economía de la UAM-Iztapalapa y el ISMEA. En esa reunión Gerard de Bernis insistió en la notable ausencia del estudio del desarrollo en los programas académicos de las universidades en el mundo en desarrollo. Pero también en una creciente carencia del tema en los países en desarrollo. Se asumía la idea de que la globalización y el triunfo de los mercados planteaba el problema de la asignación óptima de los recursos por este mecanismo. El desarrollo, según esta idea había dejado de ser un tema de la economía. Todo ello constittuia una propuesta totalmente alejada de la dinámica de la economía internacional y de los procesos de cambio que se estaban dando en los países en desarrollo. Los cambios recientes en la economía mundial ponian de relieve que el desarrollo es un proyecto y su realización es materia de ciertas fuerzas sociales. A propuesta de De Bernis, la Red tomó el nombre de Celso Furtado, el destacado economista brasileño, con quien Gérard mantuvo una larga amistad y relación acádemica. Ambos tenian en común haber sido alumnos de Maurice Byé. Furtado estuvo en Francia a finales de los años cuarenta realizando sus estudios doctorales y su trabajo de tesis fue dirigido por Byé. Furtado estuvo presente en esa reunión y en adelante hasta su fallecimiento, participó en el programa acádemico impulsado por la Red. Con la Red Celso Furtado se creó un medio de intercambio académico sobre los problemas del desarrollo entre académicos europeos y latinoamericanos que se ha mantenido atento a los procesos de cambio que se dan en América Latina y a la propia evolución de la crisis global.
La muerte de Gérard de Bernis es, como lo manifestó Theotonio Dos Santos al enterarse de la noticia, "una gran pérdida para el pensamiento económico contemporáneo". De allí que lo mejor que podemos hacer quienes le conocimos y nos nutrimos de sus 9 enseñanzas sea, como lo propone Rolande Borrelly, la colega más cercana de Gérard, en el mensaje en el que nos avisó de su deceso , "conservar su memoria y hacer vivir su pensamiento".
México, Distrito Federal, diciembre de 2010
 1 Véase al respecto G. de Bernis « Industries industrialisantes et contenu d’une politique d’intégration régionale » en Économie Appliquée. T. XIX, N. 3-4, Paris, 1966, ISMEA. 2
 2 M. Byé et G. Destanne de Bernis. Relations économiques internationales. Paris, 1987, Dalloz, 5a. édition.
3 GRREC. Crise et régulation. Recueil de textes, 1979-1983. Grenoble, 1983, Universidad Pierre Mendes France y GRREC. Crise et Régulation. Recueil de textes 1983-1989. Grenoble, 1991, Universidad Pierre Mendes France.
4 G. De Bernis. "Sur quelques concepts nécessaires à la théorie de la régulation", Économies et Sociétés, Série Théories de la régulation, T. XIX, n. 1, Grenoble, 1985 (janvier), ISMEA, y G. De Bernis. "Les contradictions des relations financières internationales dans la crise", Économies et Sociétés, Série Théories de la régulation, T. XX, n. 3, Grenoble, 1988 (mayo), ISMEA.
5 G. de Bernis. El capitalismo contemporáneo. México, 1988, Editorial Nuestro Tiempo.
 6 G. De Bernis. "Guía de lectura", en El Capitalismo Contemporáneo, México, 1988, Editorial Nuestro Tiempo, pp. 17-80
7 El texto lo presentó De Bernis en una primera versión en el Instituto de Economía de la Academia de Ciencias de Hungría en enero de 1977. En 1977 se publica G. De Bernis. "Régulation ou équilibre dans l’analyse économique", in L’idée de régulation dans les sciences, sous la direction de G. Gadoffre, A. Lichnerowicz et F. Perroux, Paris, 1977, Maloine, pp. 85-101. El libro es resultado de exposiciones realizadas en el Colegio de Francia (Collège de France).
8 G. de Bernis. "Guía de lectura" en El capitalismo contemporáneo. Ob. Cit. p. 232. 5
 9 G. de Bernis. « De l’urgence de abandonner la dette de périphéries» Économies et Sociétés N. 37, Paris, 2000, ISMEA. Existe traducción al español en Gregorio Vidal y Arturo Guillén. "De la urgencia a abandonar las deudas de las periferias en Repensar la teoría del desarrollo en un contexto de globalización. Homenaje a Celso Furtado. Buenos Aires, 2007, CLACSO
10 G. de Bernis. "Guía de lectura". Ob. cit. p. 262.
11 G. de Bernis y M. Byé. Relations Économiques Internationales Ob cit. p. 1199.
12 A. Aguilar, P. Boccara y G. de Bernis et al. Naturaleza de la actual crisis. México, 1986 y G. de Bernis, B. Fine, A. Guillén et al. La fase actual del capitalismo, México, 1985, Editorial Nuestro Tiempo.
 13 El texto se volvio a publicar recientemente en: G. De Bernis. "Por una política alternativa: Trabajo para todos en todas partes del Mundo", en Ola Financiera, Sección Clásicos, núm. 4. México, 2009, Instituto de Investigaciones Económicas y Facultad de Economía, UNAM, pp. 191-206.
14 G. De Bernis, "Desarrollo durable y acumulación: ¿Son concluyentes las experiencias del sur? , en Iztapalapa, Revista de Ciencias Sociales y Humanidades, año 16, núm. 38, México, 1996, Universidad Autónoma Metropolitana Iztapalapa, pp. 91-128.
15 G. De Bernis. "¿Se puede pensar en una periodización del pensamiento económico?", Revista Problemas del Desarrollo, vol. 28, núm. 110, México, 1997 (julio-septiembre), Instituto de Investigaciones Económicas, UNAM, pp. 43-85.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

CONTINUAN LOS ESTUDIOS SOBRE LA TEORÍA DE LA DEPENDENCIA.


ALUMNA: SILVIA LAURA RODRIGUEZ
DNI: 20.993.245
MATERIA: SEMINARIO ANUAL DE TESIS
PROFESOR: GUSTAVO GUEVARA


PROYECTO DE  TESIS

Tema:   La Crisis del sistema capitalista en  1975:  Historia del final no anunciado.
Análisis crítico de la  corriente neomarxista dentro la Escuela de la Dependencia: Vania Bambirra, Theotonio Dos Santos y Ruy Mauro Marini.

la profunda crisis latinoamericana no puede encontrar solución dentro del capitalismo. O se avanza revolucionaria y decididamente hacia el socialismo y se abre un camino de desarrollo y progreso para las amplias masas de nuestros países, o se apela a la barbarie fascista, única capaz de asegurar al capital las condiciones de supervivencia política  por un cierto tiempo para que pueda continuar  su desarrollo dependiente basado en  la superexplotación  de los trabajadores, la desnacionalización de nuestra economía, la exclusión de vastos sectores de la pequeña burguesía, la aventura exportadora  en detrimento del consumo de las masas nacionales. Tal tipo de “desarrollo económico” solo podrá imponerse en base a la mas bárbara tiranía ”(¹)


Al pensar en estas palabras de Theotonio dos Santos y contemplar el proceso transcurrido desde  el año 1975 a la actualidad, en América Latina , se abre un gran interrogante acerca  del pronóstico que no fue. Un pronóstico que no pudo imaginar la continuidad en el tiempo de la crisis del sistema  capitalista , sin una resolución final , ni pudo aventurar la posibilidad del surgimiento de un nuevo patrón de acumulación sistémico, que superara la fase recesiva. Tampoco pudo contemplar la idea del desarrollo capitalista dependiente y monopólico  en Latinoamérica, dentro de regímenes democráticos, sin caer en la opción excluyente de : Socialismo o Fascismo. Nuevamente la pregunta es porqué y aquí se centra el objetivo de esta investigación, que busca entender el devenir teórico de la Escuela de la Dependencia y en particular del grupo llamado “radical” o neomarxista , compuesto por el citado Theotonio dos Santos, Ruy Mauro Marini y Vania Bambirra, quienes avanzaron mas profundamente en el estudio de las contradicciones del desarrollo capitalista monopólico y  dependiente, cuyo resultado es el  bloqueo del desarrollo de las fuerzas productivas de América Latina y en la significación de la dependencia,  ya no como una imposición externa, sino como una relación condicionante conformada por  dos  caras externa  e  interna. En función de ello, plantearon la imposibilidad de un desarrollo capitalista autónomo, debido a que el reparto hegemónico en el mundo ya estaba constituido y a que la propia estructura interna de nuestros países, estaba configurada en una posición de subordinación. Era

(¹) Theotonio dos Santos, “ Imperialismo y dependencia”( México, Ediciones Era, 1978) p. 471.


necesario un cambio estructural para superar la dependencia, ya que ésta produciría un proceso continuado de estagnación , que abonado por las coyunturas políticas , podría radicalizarse tanto por derecha, como por izquierda.

 El final de la historia, es bien sabido y hoy vemos como nuestros países crecen, en la desigualdad, gracias a que el sistema se desarrolla, teniendo un comportamiento fracturante en la sociedad: de un lado una minoría con altos ingresos y un patrón de consumo homogéneo a los países centrales y del otro una gran mayoría con poco o ningún ingreso que puja por sobrevivir. Hoy vemos que  EEUU recompuso su papel hegemónico y hasta algunos científicos hablan de recolonización. Hoy vemos que el modelo productivo para las grandes Transnacionales, no es ya pensar en subsidiarias que fabriquen para el mercado interno del país en que son huésped, sino la descomposición del proceso productivo, que localiza en las áreas de los países mas avanzados las actividades calificadas y en los países mas atrasados, los trabajos en serie, aprovechando en su favor las diferencias de productividad y salarios.  Una vez mas el  sistema capitalista se ha metamorfoseado, desarrollando una nueva etapa en la  internacionalización del capital, que ahora  tiene escala planetaria y es llamada “globalización”, superando  la crisis, gracias a la recomposición de la  tasa de ganancia, con una nueva forma de regulación llamada postfordista, donde  producción y consumo no tienen como fin la masividad, donde  la fabricación se especializa para orientarse a los segmentos del mercado con altos ingresos, sin límites geográficos.

Qué ha ocurrido entre la Crisis internacional  de 1975 y el ascenso que comenzó en 1994, algunas claves probablemente las encontremos  en lo ocurrido durante esos años, donde en función de  la derrota en la Movilización  de la  clase obrera  en América Latina  y la instalación de regímenes de facto, se abrió la puerta para una mayor subordinación económica, a través de la profundización del mecanismo de endeudamiento , que obligó a los sucesivos gobiernos tanto sean militares como democráticos,  no solo a transferir recursos al exterior  de manera continua , sino a introducir las reformas económicas que los organismos financieros internacionales exigían, las cuales apuntaban a la apertura irrestricta  a costa de la industria nacional y en  favor de las corporaciones internacionales , como asi también al desmantelamiento del Estado, en tanto protector de la seguridad social y empresario, bajo la excusa de ser deficitario e ineficiente. En definitiva fue en Latinoamérica, donde a partir de la derrota política de la movilización popular, se instala una derrota cultural, ya que la doctrina del ” No hay alternativa” creada por el Neoliberalismo, hace que lo social ( salud, vivienda educación) se mercantilice.  Aquellas áreas que unas décadas atrás eran protegidas por el Estado, de las contradicciones capitalistas, hoy  se miden por el criterio de la rentabilidad. En síntesis creemos que los regímenes de facto abrieron el camino para una mayor vulnerabilidad no solo desde la apertura económica, sino también  consolidando la derrota del Trabajo por el Capital, ya que los trabajadores, fueron perdiendo poder de negociación primero debido a la persecución política y la represión luego a través de la flexibilización laboral y finalmente a partir de la incorporación de tecnologías de automatización que redujeron el número de puestos de trabajo y cuyo efecto final  fue el  de generar un  disciplinamiento  social. Una vez profundizada la vulnerabilidad por el  endeudamiento, la desindustrialización , y la flexibilización laboral, el marco político tanto podía ser dictatorial, como democrático, ya que la subordinación económica estaba implantada y aparecía como una esfera independiente de la política.

Nuestro trabajo apunta a rastrear estos momentos claves, que permiten explicar la superación de la Crisis Internacional del Sistema Capitalista en 1975 y la entrada en una nueva fase, a partir del estudio particular  de los procesos de Argentina, Chile y Brasil, buscando establecer mas claramente  las fortalezas y  las debilidades   analíticas en los teóricos neomarxistas de la dependencia.


ESTADO DE LA CUESTION:


 La llamada Escuela de la Dependencia , comprende una gran cantidad de autores, que
comparten algunas ideas básicas como ver al desarrollo/subdesarrollo, en tanto  dos caras del mismo proceso; la dependencia como fenómeno interno /externo y al subdesarrollo  conectado con la expansión de los países industrializados y no como   estadio previo para evolucionar.

En líneas generales hay una  clasificación propuesta por los autores Blomstrom y Hettne,  según la cual podrían  agruparse en tres líneas:


-         Estructuralista: cuyos planteos giran en torno al diagnóstico de las causas del subdesarrollo latinoamericano y el planteo de las limitaciones para un desarrollo autónomo. En este grupo encontramos a : Osvaldo Sunkel, Celso Furtado, Henrique Cardoso,


-         Neomarxistas: sus investigaciones van hacia la comprensión de las causas del desarrollo dependiente y monopólico y la necesidad del cambio estructural, para resolver la crisis que este tipo de sistema genera . Aquí podemos nombrar a: Vania Bambirra, Theotonio dos Santos y Ruy Mauro Marini.



-         Trabajos de Ander Gunder Frank, que si bien no se encuadra dentro del marxismo,  tiene puntos de contacto con los neomarxistas , sobre todo en el análisis  del capitalismo en América Latina ( carácter complementario) y del  desarrollo como generador del subdesarrollo . La gran diferencia radica en que el planteo de Gunder Frank, queda atrapado en el esquema país central/país satélite, sin poder avanzar al concepto de dependencia y su raíz condicionante.


En nuestra línea de investigación, nos centraremos dentro del grupo radical o neomarxista, en cuyas  obras se pueden encontrar  algunas directrices fundamentales. En el caso de  Theotonio dos Santos, sus investigaciones, avanzaron dentro del contexto  de los ciclos económicos del sistema capitalista ( cuyo origen lo rastreamos en Kondratieff),  al estudio de las multinacionales  para comprender mas profundamente el capitalismo monopólico, apoyado en los trabajos de Baran y Sweezy. A su vez recorrió las contradicciones del desarrollo monopólico, donde marcó como una de las principales el hecho  de que  la base productiva del capitalismo sea cada vez mas internacional, mientras el  mercado y el estado, puntos de partida para su desarrollo, estén limitados a los marcos nacionales.
 Por otro lado , dejó planteado el carácter desigual y combinado de este sistema., que genera una transferencia de excedentes hacia los centros mas dinámicos, que acentúa los ciclos del sistema mundial y genera el desarrollo de unos en detrimento de otros. Sus trabajos continúan en esta línea, para llegar al concepto de dependencia, pieza fundamental del grupo neomarxista y que es entendida como una relación propia de determinado momento histórico en la economía mundial, donde se condiciona la estructura interna de un país, la que a su vez se  redefine en función de sus posibilidades de expansión, que siempre en ultima instancia implica un bloqueo en el desarrollo de las fuerzas productivas nacionales. En particular, el estudio de las economías  latinoamericanas, es abordado por Dos Santos,  tanto  desde el sector exportador, como  desde el  industrial interno.
Toda su trama analítica, concluye con  la visión de que el   desarrollo del capitalismo monopólico y  dependiente conduce a una crisis sin salida, dentro de ese mismo sistema  y cuyas contradicciones pueden exacerbarse o no ,   dependiendo de la fase expansiva o recesiva de la economía mundial.  Por ello y en esto concuerdan Dos Santos, Marini y Bambirra, es necesario la superación de la dependencia, para el desarrollo independiente de América Latina y la liquidación de su subordinación político-económica.


Con respecto a  Ruy Mauro Marini , uno de los trabajos centrales, gira en torno a desentrañar el “ secreto del intercambio desigual”, en tanto los países centrales intercambian plusvalía relativa con alta productividad,  por  plusvalía absoluta con baja productividad y superexplotación. Aquí tenemos uno de los mas importantes aportes, al que se suma la  explicación de  porqué el desarrollo inventó al subdesarrollo: debido a que  la especialización de Latinoamérica en alimentos y materias primas, permitió la especialización industrial de Europa y el establecimiento de su  eje de acumulación  en   el crecimiento de la plusvalía relativa.
Desde el debate político, es importante rescatar los conceptos de Marini que discuten, sobre la caracterización fascista de los golpes de Estado en América Latina, durante la década del ’60.  Este autor, trata de establecer   las diferencias básicas, con el Estado Fascista de los años 40,  en tanto no se  busca el apoyo de las masas , ni formar un movimiento superior  que contenga a la sociedad en su conjunto. Básicamente según su opinión se establece un  Estado de contrainsurgencia”, entendido como el Estado corporativo de la burguesía monopólica y las Fuerzas Armadas , en el marco  de un proceso de cambio de la clase burguesa  dominante, ya que son las fracciones monopólicas nacionales y extranjeras, quienes van a liderar el proceso y están imposibilitadas  de  aliarse con otras clases, producto de las  características que asume  el nuevo  tipo de acumulación.,  debido a que no incluye como en el “Estado Populista “ al conjunto de la sociedad ( aunque menos sea de manera desigual). El Estado de Contrainsurgencia, debe ser entendido no solo desde los cambios en la burguesía , sino desde el ascenso que se venia produciendo en la lucha de masas, dentro un nuevo  contexto de   alianzas de clase : burguesía monopólica- FFAA  / Pequeña burguesía- Clase Obrera. Este último análisis es muy rico en tanto da encarnadura a la lucha de clases y tiene puntos de contacto con los planteos de Guillermo O’Donnell,  en referencia al “empate Hegemónico”, entre la alianzas ofensiva/defensiva, que se quiebra  recién con las dictaduras militares y el establecimiento de un nuevo modo de acumulación.


MARCO TEORICO


El temática propuesta, será abordada, desde la concepción del materialismo histórico, buscando delinear una  Historia de las ideas económicas, acerca del Desarrollo, la Crisis y el surgimiento de un Nuevo Patrón de Acumulación en el Sistema Capitalista, a partir de la década del 70.  Para ello,  partimos de  los trabajos desarrollados por la corriente neomarxista, compuesta por Bambirra, Dos Santos y Marini, quienes nos brindan una visión muy rica   en  cuanto a la percepción de la profundidad de la Crisis , cuyo carácter es definido  como sistémico e internacional, a la vez que avanzan sobre el análisis de la forma que adquiere  en  las sociedades dependientes de América Latina.

El estudio buscará trabajar desde la faz   teórica  y práctica  la realidad social latinoamericana. Para el  análisis teórico y con el objeto de lograr mayor comprensión sobre las características del desarrollo del sistema capitalista y sus crisis, incorporaremos los análisis de  Paul Sweezy al respecto, que deja planteado el interrogante sobre el derrumbe o la depresión crónica,  pero en último caso,  entendido siempre como un impedimento al desarrollo de las fuerzas productivas de la sociedad. Unido a esto, tomaremos la “Teoría de las Ondas Largas”, con sus diferentes fases, ya que los procesos políticos y económicos  a estudiar de Argentina , Chile y Brasil,  muestran una interesante sincronía con la fase recesiva del ciclo 1967-1975.
También desde el marxismo , pero en particular desde el pensamiento gramsciano, tomaremos el concepto “Hegemonía”,  que nos permite avanzar sobre una algunos  significados centrales, para nuestro trabajo, como el de “ Rol Hegemónico” en tanto el papel de  EE UU en la economía internacional. Como así también el de “Empate hegemónico” entre las distintas alianzas de clases, donde ninguna logra imponerse sobre la otra, sino únicamente  obstaculizar  el proyecto contrario. Este enfoque ,  que fue desarrollado en  los trabajos de Guillermo  O’Donnell, lo  consideramos interesante, para ver en los casos de los países a estudiar, como actuó y cómo fue superada la situación de empate,  a partir de la ruptura que generaron los golpes militares en los países de referencia.

Por último desde  el campo del análisis político , cabria ver la definición de Socialismo y de Fascismo desde el grupo neomarxista,  en tanto son las probables alternativas que ellos plantean, ante la radicalización de la Crisis de 1975.







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